domingo, 3 de junho de 2012

Recursos energéticos fosseis

Os recursos energéticos fósseis são minérios não-metálicos obtidos do subsolo continental ou oceânico. Os minérios fósseis têm seu uso vinculado à geração de energia, a qual movimenta veículos automotores e máquinas industriais. Esse tipo de minério serve de matéria-prima na fabricação de uma infinidade de produtos. Qualquer país do mundo necessita fundamentalmente de tais recursos, uma vez que são eles que promovem o desenvolvimento industrial, comercial e agropecuário. Os minérios fósseis mais usados pelas sociedades são o petróleo e o carvão.
O petróleo é uma substância viscosa de coloração escura, obtido em jazidas continentais ou oceânicas, geralmente, nesses locais são extraídos também o gás natural e o xisto betuminoso. No mundo, todo dia são retirados da natureza milhões de barris de petróleo. Quando é extraído da jazida, o minério se encontra em sua forma bruta, por isso é transportado até as refinarias, as quais são locais que beneficiam o produto, transformando-o em subprodutos (gasolina, diesel, querosene, além de outros produtos).
Já o carvão mineral, possui uma característica rochosa e tem seu uso difundido na geração de energia, especialmente, na indústria de base (siderúrgica). No passado, séculos XVIII a XIX, esse minério favoreceu o surgimento da indústria, servindo de combustível para mover a máquina têxtil a vapor e a locomotiva. Atualmente, esse minério é de grande valia também para a indústria química como matéria-prima para a fabricação de muitos produtos: corantes, inseticidas, plásticos, medicamentos, dentre outros.

Recursos geologicos


São bens naturais existentes na crosta terrestre e que, face ás suas concentrações num determinado local, podem ser extraídos e utilizados em benefício do Homem.
Os recursos geológicos podem ser renováveis - gerados a uma velocidade superior àquela a que são explorados - ou não renováveis - consumidos a uma velocidade superior àquela a que se formam. A maioria dos recursos geológicos são do tipo não renovável, esgotando-se rapidamente.




De acordo com as funções que podem desempenhar, os recursos naturais podem ser classificados em recursos energéticos (combustíveis fósseis, energia solar, energia geotérmica, energia hidroelétrica, energia eólica, energia nuclear), recursos minerais (metálicos e não metálicos) e recursos hidrogeológicos. Esta não é, porém, uma classificação rígida pois a água, por exemplo, tanto pode ser considerado um recurso hidrogeológico como energético.

A exploração dos recursos geológicos tem vindo a aumentar de forma dramática com o crescimento da população humana e com desenvolvimento industrial. Muitos destes recursos caminham para o esgotamento, o que torna urgente a adoção de uma exploração sustentada.


Como a Terra nos fez

BBC: How Earth Made Us (Como A Terra Nos Fez)


Como A Terra Nos Fez é uma série em 5 episódios, apresentada pelo Prof. Iain Stewart. Com esta série pretende mostrar como a geologia, a geografia e o clima influenciaram a humanidade ao longo dos séculos. Iain Stewart conta a história épica de como o planeta moldou a nossa história. Com imagens espetaculares, histórias surpreendentes e narrativa envolvente, a série revela o papel que quatro forças naturais diferentes desempenharam na história da humanidade.


AS PROFUNDEZAS DA TERRA (Deep Earth) - Neste episódio, Iain explora a relação entre as profundezas da Terra e o desenvolvimento da civilização humana, visita uma caverna de cristais no México, desce por um buraco no deserto iraniano e se arrasta por túneis de 700 anos em Israel, a sua exploração mostra que ao longo da história, nossos ancestrais tinham certa atração por falhas geológicas, áreas que ligam a superfície às profundezas do planeta.

Deixamos aqui os links dos videos sobre este episodio:

http://www.youtube.com/watch?v=Wn_wa5Bo6MAhttp://www.youtube.com/watch?v=S7ZOVrjkRIs
http://www.youtube.com/watch?v=SwMN_K_YOcghttp://www.youtube.com/watch?v=6CbftHLnCZo
http://www.youtube.com/watch?v=XJ8cvte1Zuc


 

ÁGUA (Water) - Neste episodio, Iain explora a nossa complexa relação com a água, visita lugares extraordinários na Islândia, Oriente Médio e Índia, onde mostra como o controlo da água foi vital para a existência humana. Ele acompanha o ciclo da água, do qual dependemos, revelando como os habitantes dos sopés do Himalaia construíram uma ponte viva para lidar com as monções e visita o Egito para mostrar o segredo dos faraós. Ao longo da história, o êxito dependeu da nossa habilidade de adaptação e controlo sobre os recursos hídricos.
Seguem-se os links do segundo episodio:


VENTO (Wind) - Iain veleja num dos barcos mais rápidos do mundo para explorar a história de nossa relação turbulenta com o vento, viaja para lugares exóticos como o Saara, a costa da África Ocidental e o Pacífico Sul. Iain descobre como as pessoas exploram o poder do vento há milhares de anos, uma força que à primeira vista, parece caótica. Porem os padrões que residem no interior da atmosfera moldaram o destino de continentes, e estão no centro de alguns dos momentos mais decisivos da história humana.
Terceiro episodio:



 
FOGO (Fire) - Iain explora a relação do homem com o fogo. Começa num extraordinário encontro com essa assustadora força da natureza, caminhando no meio do fogo. O fogo por muito tempo foi nossa principal fonte de energia e como isso desempenhou papel crucial na Revolução Industrial Inglesa, enquanto conteve o desenvolvimento da China. Ao longo do caminho, ele mergulha num lago misterioso no Oregon, escala uma geleira de sal, arrasta-se por uma caverna extraordinária no Irã e toma um banho terapêutico em petróleo bruto.
Quarto episodio:


 

O PLANETA HUMANO  (Human Planet)- Iain explora a força recentemente estabelecida, o homem. É fácil pensar no impacto humano sobre o planeta como negativo, mas Iain descobre que isso nem sempre é verdade.

Quinto e ultimo episodio da serie:

http://www.youtube.com/watch?v=Cv5_-xkQ1xU

 

Reflexao:

Com esta serie, ficamos a conhercer as forças que dominam o nosso planeta, ficamos a conhecer como as civilizaçoes antigas "domaram" forças como fogo, agua e vento, e como actualmente o Homem intrevem tambem como uma força deste planeta, como este decomentario ficamos a saber COMO A TERRA NOS FEZ!!!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Energia Geotérmica

Tá um calor que até aptece falar em Geotermia... :) (não ler quando estiver frio)
A energia geotérmica resulta do calor interior da Terra que, devido a fenómenos vulcânicos recentes, à radioactividade natural das rochas e à elevação do manto, pode ser aproveitado para a produção de energia. Esta energia pode ser recuperada directamente de um fluido gasoso ou líquido ou, caso não exista fluido, através da injecção de água em maciços rochosos profundos.

O magma a vermelho aquece as rochas que o rodeiam, dando à região um potencial Geotérmico.

Existem dois tipos de geotermia: 
  • de baixa temperatura (baixa entalpia) - se a temperatura do fluido é inferior a 150 oC;
  • de alta temperatura (alta entalpia) - se a temperatura do fluido é superior a 150 oC.
A ocorrência da geotermia de baixa temperatura está relacionada com a existência de acidentes tectónicos, como, por exemplo, falhas. Encontra-se associada a águas termais, ou seja, águas de origem subterrânea com uma temperatura superior em, pelo menos, 4 ºC do que a temperatura média do ar de uma região. Em Portugal, as águas termais nunca excedem os 80 ºC e as suas temperaturas mais comuns variam entre os 20 e os 40 ºC. O aproveitamento da geotermia de baixa temperatura é feito em estâncias termais, quer para utilizações terapêuticas quer para aquecimento de piscinas e águas de hotéis. Pode, ainda, ser aplicada na agricultura, na piscicultura e em alguns processos industriais. Em Portugal existem em funcionamento alguns destes aproveitamentos, nomeadamente em Chaves, S. Pedro do Sul e Lisboa, em projectos dinamizados pelos municípios e entidades hospitalares.


Nos Açores é muito frequente a cosedura da comida em "fornos" semelhantes a este.




A geotermia de alta temperatura poderá ser utilizada para a produção de electricidade e posterior aproveitamento térmico. Nos Açores, na ilha de S. Miguel, existe uma central geotérmica de alta temperatura de produção de energia eléctrica. Esta central terá uma capacidade instalada de 12 mil KW, estando já instalados e em exploração cerca de 5 mil KW. O aproveitamento da energia geotérmica de alta temperatura representa cerca de 50 a 60% da electricidade consumida na ilha de S. Miguel.
A água em vapor ascende por tubos à supercie, esta que vai fazer com que as turbinas rodem e produzam energia eléctrica, a partir do gerador. Depois de fria a água é injetada novamente na crusta para ser reutilizada.




Vantagens:
Os impactes ambientais associados a este recurso energético são moderados. Ao nível da utilização e alteração dos solos o impacte é também muito reduzido. Em zonas de elevado potencial geotérmico, a eficiência energética é elevada e a exploração dos recursos geotérmicos tem custos reduzidos.
Desvantagens:
Existem poucos locais com potencial geotérmico e este é um recurso energético que se esgota rapidamente quando usado exaustivamente. Da utilização da energia geotérmica resulta poluição: alguma poluição atmosférica, como a emissão de CO2, embora seja mais baixa em comparação com os combustíveis fósseis; poluição sonora e cheiros desagradáveis. O aproveitamento da energia geotérmica apresenta inconvenientes, pois certos elementos nocivos, como o enxofre, podem vir até à superfície, para além do facto dos terrenos poderem sofrer uma certa subsidência (movimento de descida). Para além disto, os custos de instalação e segurança de infra-estruturas para aproveitamento da energia geotérmica são elevados.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Mármores do Palácio de Mafra (Extracção da pedreira de Pêro Pinheiro)

A vila de Pêro Pinheiro está associada às indústrias de mármore há mais de dois séculos. As pedreiras de Pêro Pinheiro localizam-se no concelho de Sintra e foi destas que foram extraídos os mármores utilizados na  construção do Palácio Nacional de Mafra.
Palácio Nacional de Mafra

O mármore utilizado na construção da basílica do Palácio está representado na figura seguinte:

As explorações de Rocha Ornamental estendam-se desde a Fervença até à vila dos Negrais. A actividade extractiva está fisicamente condicionada pela ocupação da superfície.Como actividade extractiva (mineira)associa-lhe o impacto ambiental negativo da extracção, dos materiais não aproveitados (rejeitados) e das antigas explorações que se tornam em reservatórios de água. A quantidade de Rocha Ornamental produzida  em Pêro Pinheiro é hoje muito superior  ao passado.






Pedreira de Amarelo Negrais
Reflexão:
Foi interessante publicar este artigo porque a nossa turma foi há pouco tempo visitar o Covento e gostámos de saber a pedreira de onde foram extraídos os mármores para a sua construção. Verificámos que as pedreiras de Pêro Pinheiro situadas no concelho de Sintra foram as pedreiras de onde foram extraídos estes mármores.

Litio em Portugal

Boas.... ;) Hoje vamos falar sobre um dos recursos mais rentáveis existentes em Portugal.


Portugal tem petróleo e gás natural, mas não em quantidades consideráveis para ser explorado. Mas tem lítio no subsolo. Um pouco por todo o lado, cresce a procura do mais leve metal existente na Terra, cuja densidade é apenas metade da água. É com lítio que se fabricam as baterias dos computadores portáteis, telemóveis, leitores de mp3, câmaras digitais, relógios e, dentro de algum tempo, dos carros eléctricos. 
Bateria de Lítio


Aqui em Portugal o lítio extrai-se a partir de certos tipos de rochas, vem agregado a outros metais, existindo dúvidas sobre a viabilidade financeira da sua separação e posterior utilização para o fabrico de baterias. A Nissan, a primeira marca a apostar na construção em massa dos novos veículos, vai instalar uma fábrica de baterias de lítio em território nacional. Mas, apesar de sermos os maiores produtores europeus desse metal, a construtora terá de adquirir a matéria-prima nos mercados internacionais.






Os novos usos do lítio estão a fazer com que as empresas comecem a olhar para esta matéria-prima "de forma mais sustentada", diz o subdirector-geral da Direcção Geral de Geologia e Energia (DGGE), Carlos Caxaria. Mas, durante mais algum tempo, os destinatários da produção serão os fabricantes de vidro e cerâmica.
"Para o fabrico de baterias será necessário lítio na forma de carbonato, que não é o nosso tipo de produção", explica aquele técnico, acrescentando que essa transformação "poderá ser demasiado dispendiosa e grande consumidora de energia". "Tenho dúvidas quanto à sua futura utilização nas baterias de automóveis", conclui.
Posição do Litio na Tabela Periódica
Concluindo, temos a capacidade de explorar e exportar grandes quantidades de Lítio no nosso país, mas temos de estudar a melhor maneira para o aplicar....Os especialistas frisam que o lítio é um metal raro e que, com a esperada massificação das viaturas eléctricas, será necessário procurar alternativas. As expectativas de fortuna fácil, por parte dos produtores, podem, afinal, não se concretizar.

sábado, 28 de abril de 2012

Mina de Mua

Boas blogueiros! Desta vez vamos falar sobre a Mina de Mua que faz parte das minas de ferro de Moncorvo.
O arranque da exploração mineira será feito através de lavra a céu aberto e posterior beneficiação para produção de concentrados de Fe a partir do minério da jazida da Mua, com reservas medidas e indicadas de 120 Mtons.
A MTI, empresa constituída por capitais nacionais e estrangeiros, que conta entre os seus accionistas com empresários e quadros técnicos de elevado valor e com uma vasta experiência mineira, pretende otimizar a produção de ferro instalando um sector de desenvolvimento e inovação em Moncorvo, e também com o aprofundamento dos conhecimentos sobre as jazidas de minério de ferro e com um  projecto sempre balizado com as mais avançadas tecnologias utilizadas na indústria internacional esta otimização de produção poderá ser alcançada.
Gráfico da produção da mina de Mua

Como vemos no gráfico veificamos que a produçãao vai aumentando de ano para ano passando de 1Mton de produção no segundo ano de exploração até 16 Mton no sexto ano de produção.

No que diz respeito à logistica do terreno temos em conta os seguintes aspetos:
  • Correia transportadora desde a mina até à unidade de beneficiação;
  • Abastecimento de água disponível a menos de 1 km. Barragem de rejeitados a cerca de 1 km;
  • Transporte de concentrado de Fe até aos cais de carga, ferroviário e fluvial, no Pocinho, a 16 Km de distância da Mina;
  • Novo cais de carga para barcaças de 2.500 toneladas a ser construído no rio Douro, junto ao Pocinho;
  • O transporte do concentrado de Fe, para os portos de Aveiro e Leixões, será feito, numa primeira fase, por via ferroviária ou por via fluvial;
  • A MTI está a desenvolver um projecto de construção de um mineroducto, entre a mina e o porto de Aveiro, que permitirá uma elevada capacidade de escoamento e uma redução de custo de transporte de 8:1.
Todos estes factores são determinantes para uma maior facilidade e eficácia no transporte dos recursos, e na exploração da mina.